Reflexões: Aos meus amigos
Posso tomar a minha vida finalmente. Desculpem-me os meus amigos pelo meu silêncio, mas o isolamento faz-me bem, pois as borboletas voltam a crescer-me na barriga e tenho outra vez vontade de viver. Não permaneço em silêncio porque vos esqueça ou porque seja mal agradecido. Muito pelo contrário. Só o silêncio e a mudez podem curar-me e renovar a minha alma.
Este ano foi um dos piores da minha vida. O diagnóstico, o ajuste a essa minha condição que me acompanhará para sempre, a perda da Helena, o ajuste a não a ter na minha vida, depois a busca sôfrega para suprir essa falta, os erros, o fantasma do "abandono da minha mãe" a perseguir-me outra vez, a depressão do meu pai, a minha desmotivação, descoordenação, o meu desnorte. Tanta coisa se passou que mereço deixar de me preocupar, mereço viver a vida como bem me apetecer, e como dizem os ingleses "let it go". Só assim conseguirei continuar a viver.
Aqui em Santiago, nada me oprime. Sou livre de mim próprio. E isso reconforta-me imenso , melhora-me imenso.
Amo-vos a todos, meus amigos, e acreditem que se não fossem vós, a minha vida já se teria extinto há muito.
OBRIGADO POR TUDO, OBRIGADO POR ESTAREM NA MINHA VIDA
:)
2 Comments:
De nada, amigo, de nada.
acredita que fico muito feliz por ti... que te encontres...que te sintas em paz... um beijo da Gui
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