Harold Pinter
Harold Pinter
(Nobel de 2005)
Este dramaturgo naceu em 10 de Outubro de 1930, em East London.
Da sua obra teatral, destacam-se as peças The Caretaker, The Hothouse, The Birthday Party, entre outras.
Famoso pela sua opinião politica, há que relembrar que esta (a politica) encontra-se indelevelmente ligada à sua produção artistica.
Bem, blá-blás à parte, dipensam-se apresentações.
"Does reality essentially remain outside language, separate, obdurate, alien, not susceptible to description? Is an accurate and vital correspondence between what is and our perception of it impossible? Or is is that we are obliged to use language only in order to obscure and distort reality - to distort what happens-because we fear it? We are encouraged to be cowards. We can't face the dead. But we must face the dead because they die in our name. We must pay attention to what is being done in our name."
Oh Superman 1990
No seu campo lexical, as palavras "freedom" (liberdade) e "democracy"(democracia) estão banidas, pois são consideradas como palavras-mentira que não descrevem o objecto ao qual se referem, são apenas artificios linguisticos para a nossa mente aceitar um estado que não sabemos realmente o que é, e logo não o podemos exprimir.
Assim, não é de admirar a sua total desconfiança em relação à linguagem - Pinter de facto encara, como já Beckett ou Eliot o fizeram, a linguagem como um "falhanço".
Ainda assim, no campo politico, Pinter aplica palavras de um poder destrutivo e irónico tremendo quando se refere ao dirigente politico do seu pais, Tony Blair - "deluded idiot".
Recentemente, Pinter dedicou-se à poesia. Contudo, a sua produção poética está longe da qualidade das suas peças. Poesia nada inovadora, cheia de clichés linguisticos (que tão bem resultam nas suas peças e não nos seus poemas), Pinter poetiza os seus ideias politicos, num ataque feroz à politica americana. A voz poética de Pinter é, antes de mais, nascida da tentativa de exprimir a fúria na poesia, numa forma que só os poetas menores sabem...
"God Bless America"
Here they go again,
The Yanks in their armoured parade
Chanting their ballads of joy
As they gallop across the big world
Praising America's God.
The gutters are clogged with the dead
The ones who couldn't join in
The others refusing to sing
The ones who are losing their voice
The ones who've forgotten the tune.
The riders have whips which cut.
Your head rolls onto the sand
Your head is a pool in the dirt
Your head is a stain in the dust
Your eyes have gone out and your nose
Sniffs only the pong of the dead
And all the dead air is alive
With the smell of America's God.
Etiquetas: Literature
6 Comments:
Belos tempos.. em que, nas aulas de Inglês, se liam coisas de Harold Pinter. :)
è verdade munha cara Madeline:)
eu ainda assisti a uma representação de OLD TIMES, na minha Univ, mas isso foi só pk o senhor ganhou o nobel!
;) quanto a estudá-los nas aulas, nepia!ficamos pelo joyce, eliot e virginia woolf... dps shakespere...
enfim...
tens algum bloguezito que eu possa visitar? eheh
Ricardo
OK... Já fui ao teu blog!:)
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Ahh.. isto do blog não avisar quando nos respondem é muito mal jogado. Desculpa, só vi agora.. depois de teres descoberto o meu.
Giro dizeres isso das sestas no Infantário. Comigo era exactamente igual, sendo que em vez de ficar de olhos fechados, brincava com os dedos nos meus joelhos, fingindo serem pessoas. :)
Ao contrário do que pareceu naquele post, só passei a ser "semi-adepta" das sestas por volta dos meus 17 anos. Más companhias! :P
Antes disso, só uma vez ou outra com a minha outra avó (que já faleceu), só mesmo para lhe fazer a vontade e para ela não ficar triste comigo - por não aceitar os seus conselhos de que, dormir um bocadinho enquanto se anda na Escola Primária, é sempre bom. :)
E sim, estimo muito estes dois avós que me restam.. já que os outros dois (que me ajudaram a criar) me foram tirados assim muito bruscamente e com pouco intervalo de tempo.
Obrigada pelo teu comentário.
Virei aqui mais vezes. :)
Beijinho, Sofia.
LOL Vamos fazer um testamento aqui.. só em comentários. :)
Sim, sei por que tínhamos de dormir. É que, uns anos mais tarde, trabalhei como voluntária num Infantário. E era eu que ficava com os meninos, até eles adormecerem. Havia um ou outro que lhe custava mais.. e eu ficava sentada ao pé deles, a conversar ou a contar histórias, até ele se render ao sono.
Ou ainda a fingir que eles estavam a dormir, para as outras não ralharem muito. LOL Conseguia sempre que eles acabassem por dormir.
Tempos giros, esses. Gostei muito. :)
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