Mãe
MATERNITÉ - GUSTAV KLIMT
Já é conhecido o buraco que tenho por dentro. Não interessam agora os danos que me causou.
Olho para as minhas mãos e apercebo-me de que a pior coisa da solidão é não ter quem afagar. Uma pele para tocar.
E sinto saudades da infância que não tive. Ter de chamar avó a quem de facto é minha mãe e saber da existência de uma mãe longe.
Não há mais espaço para a tristeza. Apenas para a contemplação do que está por vir.
Construir uma pele. Uma existência.
Olho para as minhas mãos e apercebo-me: Quero ser mãe.
3 Comments:
Este comentário foi removido pelo autor.
Ricardo, tu no máximo queres é ser pai:)...
Sabes que eu embora não seja tua mãe posso sempre dar-te colinho e puxõezinhos de orelhas, serve;)?
Serve amor;) E não, o que eu gostava msm de sewr era mãe, porque ser pai é aborrecido. lol.
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