terça-feira, novembro 06, 2007

Mãe


MATERNITÉ - GUSTAV KLIMT

Já é conhecido o buraco que tenho por dentro. Não interessam agora os danos que me causou.
Olho para as minhas mãos e apercebo-me de que a pior coisa da solidão é não ter quem afagar. Uma pele para tocar.
E sinto saudades da infância que não tive. Ter de chamar avó a quem de facto é minha mãe e saber da existência de uma mãe longe.
Não há mais espaço para a tristeza. Apenas para a contemplação do que está por vir.
Construir uma pele. Uma existência.
Olho para as minhas mãos e apercebo-me: Quero ser mãe.

3 Comments:

At quarta-feira, 07 novembro, 2007, Blogger "BOMITOMONELHOS" said...

Este comentário foi removido pelo autor.

 
At quinta-feira, 08 novembro, 2007, Anonymous Anónimo said...

Ricardo, tu no máximo queres é ser pai:)...

Sabes que eu embora não seja tua mãe posso sempre dar-te colinho e puxõezinhos de orelhas, serve;)?

 
At sábado, 10 novembro, 2007, Blogger RicardoRuben (aka Rato) said...

Serve amor;) E não, o que eu gostava msm de sewr era mãe, porque ser pai é aborrecido. lol.

 

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