Dizer Adeus...
Disse adeus. Não até já, ou até breve. Mas adeus. Manchester entrou-me na alma, agora, devagar, o meu coração envenenado de vida vai-se adptando a este país escondido, sombrio, apesar de cheio de sol. É certo que voltarei a Manchester, mas nuca como antes - como estes meses que acabaram - como esta vida que acabou.
Estou sozinho outra vez. Não que goste particularmente disso, mas a única arma contra as ilusões de anos é conformar-me. Há tanta coisa para dizer, para gritar, mas abro a boca e nada me sai. Nem vale a pena. Eu parti, mas voltei - alguém ficou, mas partiu de forma cobarde, virando as costas. Não me vitimizo. Passei demasiados anos a fazê-lo. Agora sei que o mundo é grande e que há gente à minha espera,sem que me conheçam, há locais à minha espera, sem que eu suspeite a cor do seu ar. É bom estar com os meus amigos, os amigos sempre esperam, pacientes, seguindo a sua vida e nunca nos esqueendo. Mas...A miha vida mudou. Não pertenço aqui, não pertenço a Manchester. Sou livre, sou dolorosamente livre.
Eu morri quando cheguei a Manchester.
Aqui já não está o mesmo homem.
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