Sylvia Plath
Ontem vi o filme "Sylvia".
Plath é uma das minhas poetas(destesto a palavra poetisa)favorita.
os apelos suicidas de uma mulher sem saida, cuja imagem foi vergõnhosamente mais tarde apropriada pelas feministas como estandarte negativo. Exemplo negativo da mulher não realizada por causa dos deveres da casa, dos filhos, do casamento...
Mau exemplo. O problema não são os filhos, a casa, o casamento. Somos nós, homens.
A julgar pela forma como o filme o retrata, Ted Hughes não era mais do que um filho-da-puta mulherengo, infinitamente inferior a sua mulher, quer na capacidade como ser humano, quer como poeta.
Mas embora o retrato possa ser inteiramente ficcional, o exemplo está lá.
Não sei o que nos atinge, a nós, homens, para nos fartarmos tão depressa de um estado, de um sabor.
Aflita e desesperada, Sylvia vê a sua vida reduzida à triade que encontramos no poema "3 mulheres" - mãe, esposa, secretária. Cortaram-lhe as asas para voos maiores, como a muitas mulheres, ao longo da história e a ainda hoje.
Sem querer usar Plath como um exemplo, limitando-a assim a essa figura icónica, mas antes contemplando-a como ser humano, como mulher sensivel e no final de contas tão simples, aqui vos deixo o último dos seus poemas, tão prenunciador do suícidio que iria cometer.
"Edge"
The woman is perfected.
Her dead
Body wears the smile of accomplishment,
The illusion of a Greek necessity
Flows in the scrolls of her toga,
Her bare
Feet seem to be saying:
We have come so far, it is over.
Each dead child coiled, a white serpent,
One at each little
Pitcher of milk, now empty.
She has folded
Them back into her body as petals
Of a rose close when the garden
Stiffens and odors bleed
From the sweet, deep throats of the night flower.
The moon has nothing to be sad about,
Staring from her hood of bone.
She is used to this sort of thing.
Her blacks crackle and drag.
Etiquetas: Cinema, Literature
1 Comments:
indica-me uma tradução em português!!! merci
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